Goražde fica na parte mais oriental da Bósnia, uma das partes do país que mais sofreu com a guerra.
Ali, a população muçulmana era cercada e assassinada pelas forças sérvias, que pretendiam fazer uma limpeza étnica na região.
Numa tentativa de tentar proteger a população muçulmana, a ONU criou áreas de segurança: locais onde a população bósnia era confinada e de onde não podia sair. Isolada, atacada, bombardeada ao longo de três anos e esquecida da media internacional – o foco estava na capital, Sarajevo – a população muçulmana da cidade resistiu, entre privações e solidariedade, tragédias individuais e laços afectivos. Entre 1995 e 1996, Sacco visitou Goražde por 4 vezes, tendo ficado um total de 40 dias, ali entrevistou sobreviventes e refugiados, visitou hospitais e locais de conflito.
Foi um dos poucos jornalistas que tirou os olhos da capital e apontou os holofotes para o interior do país. Sem a sua intervenção, Goražde: Zona de Segurança , nunca poderia ter sido contada.
O resultado é uma obra que põe a nu o lado não mostrado da Guerra da Bósnia, que conta a história de homens, mulheres e crianças que tentaram sobreviver a bombardeamentos, à fome ou a violações.
(fonte: Levoir)